Marias e Silvas: o mapa dos nomes que definem a identidade brasileira

O Brasil é um país marcado pela prevalência de nomes como Maria, José, Silva e Santos, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no site Nomes do Brasil. De acordo com o levantamento baseado no Censo 2022, com data de referência em 1º de agosto de 2022, seis em cada cem brasileiros são chamados Maria, totalizando 12,3 milhões de pessoas. Em cidades cearenses como Morrinhos e Bela Cruz, as Marias representam 22% da população. Já os Silvas somam 34 milhões de indivíduos, ou 16% da população total, com concentrações superiores a 60% em seis municípios de Pernambuco e Alagoas. Essa ferramenta interativa permite consultar a ocorrência, o período de nascimento, a concentração geográfica e a idade mediana de nomes e sobrenomes, revelando padrões demográficos que refletem a composição social do país.

O pico de nascimentos de Marias ocorreu entre 1960 e 1969, com 2,5 milhões de registros, enquanto entre 2020 e 2022 o número caiu para 517 mil. Em contraste, nomes como Gael, Ravi e Valentina registraram um crescimento expressivo a partir de 2010: por exemplo, apenas 763 Gaels nasceram na primeira década do século 21, contra 96,5 mil entre 2020 e 2022. O IBGE identificou mais de 140 mil nomes e 200 mil sobrenomes no total, sem diferenciar sinais gráficos, como em Tamara e Tâmara, mas contabilizando separadamente variações como Ana e Anna ou Luís e Luiz. Esses dados destacam evoluções geracionais e regionais, oferecendo insights sobre tendências culturais na população brasileira.

Embora o foco seja demográfico, essas revelações podem influenciar debates políticos sobre identidade nacional e representatividade, especialmente em contextos de políticas públicas que consideram a diversidade regional e etária da sociedade.

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