Acordo sino-americano pode elevar exportações de soja dos EUA
Os contratos futuros de soja iniciaram a quinta-feira (30/10) com alta de 0,8% nos papéis para janeiro, cotados a US$ 11,0325 por bushel na bolsa, impulsionados pela expectativa de compras chinesas. Essa valorização ocorre após o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou em entrevista à Fox Business que a China concordou em adquirir 12 milhões de toneladas de soja americana nesta temporada, que se estende até janeiro, além de pelo menos 25 milhões de toneladas anuais nos próximos três anos. A estatal chinesa Cofco já comprou três carregamentos, totalizando cerca de 180 mil toneladas, com embarques previstos entre dezembro e janeiro. Analistas, como Luiz Pacheco da T&F Consultoria, destacam a cautela do mercado, que aguarda dados concretos, especialmente porque as necessidades chinesas até o início da colheita brasileira variam entre 7 e 9 milhões de toneladas, bem abaixo das 22 milhões compradas dos EUA no ano anterior.
Enquanto isso, os contratos de milho para dezembro caíram 0,29%, a US$ 4,3275 por bushel, e os de trigo para o mesmo mês recuaram 0,66%, a US$ 5,2875 por bushel, segundo a consultoria Granar. Essas quedas refletem a realização de lucros por investidores após a cúpula EUA-China, com operadores aguardando mais detalhes do encontro. A ampla oferta global de trigo também pressiona os preços, impulsionada pela aceleração das exportações russas, que atingiram 5,1 milhões de toneladas em outubro, superando a média dos últimos cinco anos. Caso o ritmo se mantenha, a Rússia pode exceder níveis mensais históricos desde novembro de 2024, influenciando o equilíbrio geopolítico no comércio agrícola.
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